Vale a pena? Sim, se a água local for inadequada ao seu aquário ou se você busca reprodução de espécies sensíveis, aquários de reef ou plantados exigentes. Em muitos casos de hobby intermediário, é a solução definitiva para problemas crônicos de parâmetros. Mas para aquários básicos onde a torneira já atende (ex.: molinésias em água dura de poço), pode ser desnecessário – não é porque é “melhor” que é obrigatória.
Custo e rejeito: Sistemas de RO têm investimento inicial e desperdiçam 3–4 L por litro purificado, mas a longo prazo o custo por litro pode ser baixo (centavos) comparado a comprar água. Organize-se para aproveitar a água de rejeito e minimizar o desperdício hídrico.
Mitos derrubados: “RO mata peixe” – Não quando usada corretamente com sais adicionados; “Só aquarista avançado usa RO” – Cada vez mais novatos adotam, graças à disponibilidade de equipamentos e informações; “Se uso RO, não preciso mais de trocas d’água” – Errado, os peixes continuam poluindo a água internamente, trocas e filtragem biológica continuam indispensáveis. RO garante que você não adiciona mais problemas, mas não elimina a responsabilidade de manejar os que surgem dentro do aquário.
Decisão informada: Escolha a fonte de água considerando seu contexto. Este capítulo forneceu um fluxograma básico: tente torneira (condicionada) se viável; se falhar, avalie água mineral; se não, invista em RO/DI. Não se prenda a modismos – a “solução perfeita” é aquela que mantém seu aquário estável e saudável dentro das suas possibilidades, seja ela água da rede bem tratada ou sofisticada água de osmose remineralizada com sais importados.
6. Testes de Água: O Que Medir, Quando Medir e Por Quê
Você montou o aquário, escolheu a água ideal… mas como garantir que tudo se mantém nos eixos? Testes de água são as ferramentas do aquarista para “enxergar” a química invisível. Medir os parâmetros certos na frequência certa permite agir antes que problemas escapem do controle. Vamos detalhar o que medir, quando e por que – focando nos principais: GH (Dureza Geral), KH (Alcalinidade/Carbonatos), pH (Potencial Hidrogeniônico), Amônia/Amônio (NH₃/NH₄⁺), Nitrito (NO₂⁻) e Nitrato (NO₃⁻). Em alguns casos, outros testes como fosfato (PO₄³⁻), ferro (Fe) e condutividade são úteis, mas vamos priorizar os fundamentais para estabilidade.
Comentários