Quando a água da torneira apresenta poluentes fora do comum: por exemplo, nitrato perto do limite (10 mg/L N), ou casos de contaminação por agrotóxicos, metais, etc. O RO/DI age como uma “segurança” – sua membrana não deixa passar moléculas grandes e a resina capta íons indesejáveis.
Para aquaristas que querem controle total sobre a química: usando água RO, você elimina variáveis desconhecidas. Pode então adicionar sais na proporção exata desejada (sulfato de cálcio, de magnésio, bicarbonato de sódio, etc., ou sais comerciais prontos) para atingir GH/KH ideais. Isso dá consistência nos parâmetros a cada TPA.
Mitos e verdades sobre a Osmose Reversa:
-
Mito: “RO deixa a água tão pura que é nociva aos peixes.” – Parcialmente verdade: a água RO pura (TDS ~0) não contém minerais tamponantes, então o pH fica instável e pode cair drasticamente ao absorver CO₂ do ar; além disso, peixes precisam de alguns minerais para os processos fisiológicos (osmose). Porém, ninguém usa água RO pura direto no aquário – a prática correta é remineralizar ou mesclar com água natural. Portanto, não é a água RO em si que é nociva, e sim a falta de reconstituição. Peixes vivem perfeitamente bem em água derivada de RO desde que ajustada (ex.: aquaristas de camarão Caridina criam água a partir de RO adicionando GH+ específico para atingir GH 4–6 e KH 0; criadores de Discus usam RO com repositor para GH ~3).
-
Mito: “Usar RO resolve qualquer problema de algas e qualidade de água.” – Não exatamente: RO elimina a entrada de nitrato/fosfato pela água de reposição, mas o aquário ainda produzirá nitratos internamente via peixes, e fosfato via ração. Então, embora comece com água pura, a manutenção (TPAs, filtro, etc.) continua necessária para controlar poluentes gerados internamente. Contra algas, RO ajuda (menos silicatos e fosfatos iniciais), mas não é bala de prata – iluminação e nutrientes no aquário precisam estar equilibrados.
Comentários