O que remove? Quase tudo: cálcio, magnésio, sódio, cloretos, sulfatos, nitrato, fosfato, metais pesados (cobre, chumbo, etc.), além de contaminantes orgânicos (pesticidas, resíduos industriais) que o carvão já tirou. A membrana típica retém 90–99% dos sais dissolvidos. Por exemplo, água de torneira com 300 ppm de sólidos pode sair com <10 ppm após osmose (antes do DI), e 0 ppm após o DI. Cloro é eliminado no pré-filtro de carvão. Cloramina, mais persistente, é parcialmente removida pelo carvão e, se ainda passar, a membrana retém grande parte da amônia resultante (mas não é 100%, por isso alguns sistemas RO/DI avançados têm carvão especial ou dose de metabissulfito para cloramina). Em suma, a água RO/DI é tão “vazia” que não sustenta vida por si só – é necessário reconstituí-la para uso em aquário, adicionando de volta minerais essenciais.
Quando vale a pena usar RO/DI:
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Quando a água disponível possui parâmetros muito distantes do necessário. Ex.: você mora em área de água dura (GH > 15, KH > 10, pH 8) mas quer manter um aquário amazônico de pH 6, GH < 5. Com RO, você tem uma “tela em branco” para criar água mole a partir do zero, sem impurezas.
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Para espécies extremamente sensíveis ou reprodução de peixes de água preta (Discus selvagens, Neons, certos killifishes) onde até traços de minerais podem impedir a desova ou causar estresse.
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Em aquários marinhos e de corais, RO/DI é praticamente padrão – ele previne a entrada de nitratos, fosfatos e silicatos que causariam algas, e evita flutuações de parâmetros. A água salgada do mar é reconstituída artificialmente através de misturas de sais marinhos em água RO, garantindo pureza (Portaria potável até permite nitrato e cobre; em reef, nitrato deve ser indetectável e cobre zero absoluto para corais).
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