Adaptação vs. Ideal: lembre-se de que peixes de criação (não selvagens) costumam se adaptar a parâmetros menos extremos do que seus ancestrais tiveram – desde que estejam estáveis. Ou seja, se você não consegue exatamente GH 2 para um Cardinal, mantê-lo em GH 6 constante pode dar certo. O ideal biológico nem sempre é prático, mas chegue o mais perto possível sem sacrificar a constância. Alterações frequentes de salinidade/dureza/pH são piores do que mantê-los ligeiramente fora do ideal porém estáveis.
Planejamento de montagem: por fim, use esse guia antes de montar o aquário! Escolha peixes e plantas com preferências compatíveis entre si e com a água disponível. É mais fácil ajustar a população ao ambiente do que o contrário (especialmente em grandes volumes). Se sua água é dura e alcalina e você não quer investir em RO, talvez um aquário de ciclídeos, vivíparos ou um salobro leve faça mais sentido do que tentar um aquário Amazônico. O inverso também: se tem água mole da serra, aproveite-a para tetras, não fique tentando criar molinésias que vão penar. Com o alinhamento certo entre água e fauna/flora, o aquário tende naturalmente à estabilidade – e o aquarista ao sucesso.
Apêndice: Planilhas Práticas (GH/KH pelo Rótulo & Simulações de Acúmulo)
Neste apêndice, apresentamos ferramentas e fórmulas úteis para cálculos rápidos, consolidando alguns conceitos discutidos ao longo do texto:
Cálculo de GH e KH a partir da composição da água
Para estimar a dureza geral (GH) em graus alemães e a dureza de carbonatos (KH) de uma água sabendo sua composição química (por exemplo, dados do rótulo da água mineral ou relatório da companhia de água), use as fórmulas:
-
GH (°dH) = (2,5×[Ca,mg/L]+4,1×[Mg,mg/L])/17,86 \,(2,5 × [Ca, mg/L] + 4,1 × [Mg, mg/L]) / 17,86\,
Comentários